A edição de 2006 do Festival Internacional Douro Jazz decorre numa altura em que se comemoram os 250 anos da Região Demarcada do Douro e associa-se a estas comemorações apresentando um invulgar conjunto de cabeças-de-cartaz. A conhecida Amsterdam Klezmer Band fará circular pelos palcos do Douro Jazz as suas canções vibrantes e instrumentais virtuosos. Dos Estados Unidos da América chega Carolyn Leonhart, cantora cuja voz o influente jornal The New York Times considerou ser comparável à de uma jovem Ella Fitzgerald. Também dos Estados Unidos vem Lee Konitz, saxofonista e compositor com sessenta anos de carreira, um histórico do jazz que partilhou palcos e estúdios com Charlie Parker, John Coltrane ou Miles Davis. Lee Konitz gravou recentemente o CD “Portology”, com a Orquestra de Jazz de Matosinhos. O concerto no Grande Auditório do Teatro de Vila Real visa precisamente a apresentação, pela primeira vez, deste novo disco, que tem a chancela da editora norte-americana Omnitone. O Sexteto de Mário Barreiros integra o programa para mostrar o que de melhor se faz no jazz português. Para encerramento desta terceira edição do Douro Jazz está agendado aquele que será um concerto único em Portugal. Trata-se de um espectáculo do francês Jean-Luc Ponty, talento raro no violino, que trabalhou com grandes nomes da música, como Frank Zappa, George Duke e John McLaughlin, e que, além da sua banda, mantém um trio com Al di Meola e Stanley Clarke. Organizado pelo Teatro de Vila Real e tendo como parceiros o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto e a Associação Chaves Viva, o programa do Festival desenrola-se de 22 de Setembro a 21 de Outubro, com concertos na Régua, em Vila Real e em Chaves. A abertura decorrerá no Solar do Vinho do Porto, com a actuação do grupo espanhol Dixiemulando. Esta banda dá um outro concerto na Torre de Quintela (Vila Real), corporizando assim uma associação que este ano o Douro Jazz estabelece com as Jornadas Europeias do Património. A exemplo das edições anteriores, há um leque de actividades complementares que visam diversificar e consolidar públicos. É o caso da Feira de Objectos Culturais, da exposição de fotografia “Cinco Minutos de Jazz” e da instalação “My Funny Valentine”, que evoca Chet Baker. Por outro lado, durante o Festival será lançado o livro Capitais da Solidão, do poeta Rui Pires Cabral, editado com o apoio da Delegação Regional da Cultura do Norte, e a 23 de Setembro serão apresentadas as colheitas de 2004 e 2005 do vinho “Douro Jazz”, uma produção vinícola da Lavradores de Feitoria. Estas duas colheitas correspondem às duas primeiras edições do Festival e, nos respectivos rótulos, são evocados os músicos participantes em cada edição. Este vinho é também uma forma de estreitar ainda mais a relação entre a música e a região do Douro. Ver Notícia Original & Programa completo |